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Folha

Arcebispo não teve pena da criança que interrompeu gravidez, afirma médico de Recife (PE)
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da Folha Online

Hoje na Folha "Tenho pena do nosso arcebispo, que não conseguiu ser misericordioso com o sofrimento de uma criança inocente, desnutrida, franzina, em risco de vida, que sofre violência desde os seus seis anos", afirmou o médico Rivaldo Mendes de Albuquerque sobre o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, que excomungou os envolvidos no aborto, informa Laura Capriglione, em reportagem publicada na Folha nesta sexta-feira (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Segundo a reportagem, Albuquerque é professor de ciências médicas da Universidade Estadual de Pernambuco, católico praticante e foi um dos profissionais que interromperam a gestação da menina de 9 anos.

"Não foi Deus que proibiu a interrupção da gestação em qualquer caso. Foram os homens da Igreja. E eles erram --já queimaram gente viva em praça pública, não se esqueça", disse o médico.

Críticas

Os ministro José Gomes Temporão (Saúde) e Carlos Minc (Meio Ambiente) criticaram nesta nesta quinta-feira (5) a excomunhão realizada pelo arcebispo.

"Eu acho que a posição da Igreja é extrema, radical, inadequada, me parece um contrassenso diante do que aconteceu", disse Temporão ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa "Bom Dia, Ministro" nesta quinta.

Minc também fez críticas. "Como cidadão, fiquei muito revoltado com a atitude da igreja. A igreja que deveria em tese ajudar as pessoas ainda cria essa situação. Você acaba criminalizando a vida", disse Minc.

Caso

O crime veio à tona no último dia 25, após um exame médico a que a garota foi submetida no município de Pesqueira. Ela foi atendida após relatar queixas de tonturas e enjoos.

O padrasto da garota, um rapaz de 23 anos, foi preso na última quinta, no município de Alagoinha, suspeito do estupro. O suspeito mantinha relações sexuais com a garota há cerca de três anos.

O rapaz confessou o crime e, em depoimento, admitiu também ter estuprado sua outra enteada, de 14 anos de idade, portadora de deficiências física e mental, afirma a polícia. A Polícia Civil não revelou o nome do suspeito para que a identidade da criança seja preservada.

Ouvido pela polícia, o padrasto confirmou que começou a assediar as duas meninas desde que passou a morar com a família, há três anos. Segundo ele, as enteadas o provocavam.

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Tá escrito na bíblia?

Este blogue nasceu da indignação com a condenação da Igreja Católica à mãe e aos médicos que ajudaram no aborto de uma menina de 9 anos no Recife. O padrasto, que abusava da menina desde os 6 anos, não foi objeto de excomunhão que é, até onde sei, a mais grave punição aplicada pela Igreja que se diz fundada por ordem de Cristo. Espero que este espaço ajude na troca de informações sobre os absurdos que ainda existem em pleno século 21 sobre esta e outras igrejas e religiões. Comecei hoje a enviar meu pedido de excomunhão aos sítios da CNBB e da Igreja Católica (www.catolico.org.br). Em breve coloco aqui se obtive sucesso no meu pleito. Se você souber de um caminho mais rápido para conseguir a anulação do sacramento da comunhão, deixe um comentário que publico depois. um abraço, Bruno Lourenço Reis Brasília-DF batizado em 1972, 1ª comunhão e crisma na década seguinte e, quem sabe, excomungado em 2009.

Globo.com

Arcebispo diz que suspeito de violentar menina não pode ser excomungado Religioso condenou mãe e médicos envolvidos em aborto. Imprensa italiana diz que Vaticano apoia decisão. Do G1, com informações do Jornal Hoje O caso da menina de 9 anos que interrompeu a gravidez de gêmeos causou comoção e revolta. A repercussão foi ainda maior pela reação da Igreja Católica ao aborto provocado pelos médicos. O arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, excomungou a mãe e a equipe médica envolvida no procedimento. Nesta sexta-feira (6), o arcebispo disse que o padrasto, suspeito de violentar a menina e ser pai dos bebês, não pode ser excomungado. "Ele cometeu um crime enorme, mas não está incluído na excomunhão", afirmou Sobrinho. "Esse padrasto cometeu um pecado gravíssimo. Agora, mais grave do que isso, sabe o que é? O aborto, eliminar uma vida inocente." A equipe que participou do aborto está recebendo e-mails de médicos do país inteiro. Foram mais de 500 mensa